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M Ú S I C A C A U T I V A E l v e r s o e s u n a r e n d i j a y e l p o e m a l a v e n t a n a p a r a a s o m a r s e a d e s t i e m p o a e s c u c h a r l a m ú s i c a d e l v i e n t o o e l r u m o r d e l a g u a e n l a f u e n t e h e c h a c a n c i ó n e n e l r í o. E l v e r b o q u e n a c e e n e l a l m a n o e s p a l a b r a p r o n u n c i a d a s i n o e m b r u j o e n v o l v e n t e d e l s e r e n l a n a d a q u e t o m a c u e r p o e n l a m e n t e c o n l a d i a f a n i d a d r e m a n s a d a d e l a g u a c l a r a e n l a f u e n t e.
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C u a n d o v e r b o y v e r s o s e e n c u e n t r a n e n e l r í o d e l p o e m a s o n c o m o d o s e n a m o r a d o s q u e s e b u s c a n y c a m i n a n a l e n c u e n t r o d e l s i l e n c i o p a r a o í r l a m ú s i c a d e a d e n t r o. A b r o e n t o n c e s d e p a r e n p a r m i v e n t a n a y m e a s o m o a o í r p a s a r e l v i e n t o d e j a n d o q u e e n t r e e l r e l e n t e q u e q u e d a a o r i l l a s d e l r í o c o m o u n a m ú s i c a c a u t i v a q u e s i l a b e a e n m i v i d a l a f r á g i l p r o s a d e l a l m a. J u a n M a n u e l d e l R í o
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MÚSICA CAUTIVA El verso es una rendija y el poema la ventana para asomarse a destiempo a escuchar la música del viento o el rumor del agua en la fuente hecha canción en el río. El verbo que nace en el alma no es palabra pronunciada sino embrujo envolvente del ser en la nada que toma cuerpo en la mente con la diafanidad remansada del agua clara en la fuente. Cuando verbo y verso se encuentran en el río del poema son como dos enamorados que se buscan y caminan al encuentro del silencio para oír la música de adentro. Abro entonces de par en par mi ventana y me asomo a oír pasar el viento dejando que entre el relente que queda a orillas del río como una música cautiva que silabea en mi vida la frágil prosa del alma. Juan Manuel del Río
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